As atividades de educação ambiental constituem um excelente recurso para trabalhar em sensibilização, mudança de atitudes e modificação de comportamentos na relação com o meio ambiente. Contudo, não é suficiente assumir um papel ativo e eficaz perante os novos desafios que apresentam para travar o deterioro ambiental.
Ainda que a forma mais corrente de consciencialização ambiental nas escolas é a inclusão de jogos, workshops e atividades com conteúdos ambientais, a verdade é que este processos nem sempre conseguem um resultado satisfatório, especialmente porque nem sempre são acompanhados por uma ambientalização. Mas o que é a ambientalização?
É possível definir a ambientalização como aquele compromisso de educadores, responsáveis, monitores … para incluir a dimensão ambiental em todas as suas atividades. E como ambientalizar as atividades e as práticas educativas?
A famosa regra dos três R: redução, reutilização e reciclagem é um bom método para ambientalizar as atividades educativas
1. Reduzir
Nenhum recurso deve ser utilizado a um ritmo superior ao da sua formação. É a mais importante uma vez que tem o efeito mais amplo e mais direto na redução dos danos ao meio ambiente.
Reduzir consiste em evitar que se produza lixo, comprando de forma mais consciencializada, utilizando os produtos da melhor maneira possível, evitando gastar os recursos em excesso e mais do que o necessário, rejeitando os produtos de usar e deitar fora.
Fundamentalmente consiste em duas ações:
Comprar menos, o que reduz a utilização de energia, água, matéria prima e químicos utilizados na fabricação dos produtos; diminui as emissões produzidas pelo transporte do produto e também minimiza a contaminação produzida pelos seus resíduos e desintegração.
Utilizar menos recursos: água, energia… o que se pode conseguir com sistemas de iluminação mais eficientes, bons hábitos como desligar os aparelhos eletrónicos quando não se estão a utilizar, utilizar a água de uma maneira responsável…
2. Reutilizar
Significa dar mais vida a cada produto desde que se adquire até que se deita fora, uma vez que a maioria dos bens pode ter mais vida útil. Por exemplo, uma garrafa de um refresco pode-se voltar a encher (o mesmo uso) ou pode-se transformar num porta-velas ou num vaso.
3. Reciclar
Esta é a “R” mais comum na população em geral, a “separação lixo pelos diversos contentores” e, contudo, é a menos eficaz para o meio ambiente. Consiste em recuperar, na medida do possível, um material que já não tem utilidade (conhecido como lixo) e transformá-lo num produto novo. Por exemplo, uma caixa de cartão pode ser triturada e convertida em papel.
Há que esclarecer que para reciclar os materiais estes devem ter certas característica que lhes permite ser reciclados, uma vez que é um processo que custa e que necessita meios especiais para a sua realização, além do que os objetos e os materiais recicláveis só aceitam um certo número de processos de reciclagem.
Praticamente todo o lixo que se gera nos centros educativos, com exceção do lixo de origem higiénico-sanitário – fraldas, toalhas sanitárias, etc. – pode ser reutilizado ou reciclado.
Quando os três R ecológicos se consolidaram na população em geral, organizações como Greenpeace propuseram mais três “R”, estabelecendo assim a regra dos 6 “R”:
1. Repensar sobre os nossos hábitos e modo de vida, especialmente em como definimos as nossas necessidades básicas.
2. Reestruturar o sistema económico para que o foco principal contemple os custos sociais e ambientais no cáculo final dos bens de consumo.
3. Redistribuir, para que todos tenham um acesso equitativo aos recursos.
O que pensa que é mais importante: ambientalizar ou incluir conteúdos específicos de educação ambiental? Como pensa que se pode introduzir a regra dos 3 “R” nas atividades educativas? Como as inclui no seu dia a dia?
